Pedro Pita Barros

Doutorado em Economia, Professor Catedrático na Universidade Nova de Lisboa, membro do Expert Panel on Effective Ways of Investing in Health (European Commission), membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida e membro do Conselho Nacional de Saúde. 

Conheça a sua obra em www.almedina.net


Pedro Pita Barros, economista e autor Almedina, está a acompanhar diariamente a evolução do Coronavírus na economia e sociedade portuguesa, um conjunto de artigos que iremos partilhar nesta rúbrica a que o autor chamou Vida com o Coronavírus da Covid-19

Tem sido discutido o equilíbrio necessário entre o recolhimento para evitar contágio e garantir que um mínimo de atividade económica decorre para sustentar a vida de todos os dias em confinamento.

A redução da atividade económica também significa que os mecanismos habituais de funcionamento da economia são alterados, nomeadamente nas cadeias logísticas, que são frequentemente internacionais – um produto pode ser montado num país com elementos feitos em muitos outros países. Há mesmo situações em que peças sucessivamente montadas passam várias vezes a mesma fronteira de um lado o outro. Manter estes mecanismos a funcionar é crucial para que não haja falta de bens. Não é possível nem desejável pensar que cada país poderá ser uma “ilha” produzindo tudo o que é necessário, embora seja natural algum reordenar de produção interna para produtos e serviços associados à covid-19. Mas não deixará ser mais forte e mais decisiva uma resposta à escala europeia, que mantenha a capacidade produtiva global.

E como tempos excepcionais exigem mecanismos excepcionais por eventual falha dos habituais, é preciso pensar como manter os processos produtivos a funcionar, o que levou a uma proposta de um conjunto de economistas, disponibilizada aqui.

Artigo originalmente publicado por Pedro Pita Barros a 23 de março em vidacomocoronavirus(8)